sábado, 11 de março de 2017

Celebração da deusa grega Hypatia

Hipácia, também conhecida como Hipátia, nasceu na cidade de Alexandria, então o caldeirão cultural da região que hoje corresponde ao Egito, em cerca de 355 d.C. Ela era filha de Theon, famoso filósofo, astrônomo e mestre de matemática no Museu desta cidade; graças a sua influência ela se destacaria no cenário intelectual posterior.
Adepta da corrente neoplatônica, Hipátia cresceu em um contexto repleto de vida cultural e filosófica; ela mantinha estreitos vínculos com a figura paterna, fonte de seu saber e de sua incessante procura de soluções para os eventos ignorados. A filósofa, mulher guerreira, pioneira na arte de desbravar os árduos caminhos da Matemática, cultivava não somente um cérebro privilegiado, mas também o corpo saudável. Visava, assim, implantar em sua própria existência esta antiga aspiração helênica.
Hipátia se tornou a maior pesquisadora da Alexandria nos campos da matemática e da filosofia, legando ao futuro grandes descobertas nestas disciplinas, bem como na física e na astronomia. Ela se devotou igualmente à prática da poética e ao exercício das artes, sobressaindo-se na Retórica.
Esta mente brilhante cursou a Academia de Alexandria e, com o tempo e o domínio das mais distintas áreas, transcendeu as próprias conquistas paternas, mas deve muito ao pai, que sempre a estimulou a vencer qualquer obstáculo que tentasse impedir seu acesso ao saber, mesmo que se tratasse de qualquer princípio de fé ou de credo.
 Uma das coisas mais tristes do mundo é a intolerância religiosa, pois todas as religiões deveriam estar baseadas no amor e na compaixão. Alguns dos momentos mais negros da humanidade, algumas das guerras mais sangrentas, algumas das torturas mais cruéis existiram exatamente devido à intolerância religiosa. Um desses casos mais vergonhosos de intolerância foi o assassinato de Hipatia de Alexandria.

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