domingo, 28 de agosto de 2016

COCCIDIOSE



  Coccidios são pequenos protozoários (organismos unicelulares) que se multiplicam no trato intestinal de cães e gatos. Estes parasitas penetram nas células da parede intestinal, destruindo-as e causando lesão que passa a sangrar. Essa úlcera agrava o quadro de parasitismo, pela perda de sangue e também por ocorrer a partir daí, infecção secundária por bactérias oportunistas. A inflamação catarral, passa a apresentar sangue e pús, evoluindo para uma enterite hemorrágica grave. A ulceração, pode se aprofundar e causar perfuração intestinal, com consequente septicemia por peritonite. Além do parasitismo, os coccídios secretam toxinas, casando intoxicações e sensibilizando o organismo.

   O filhote adquire o coccídio pelo contato com as fezes da mãe (adultos sadios são portadores sem apresentarem doença). Como o filhote ainda não tem suas defesas naturais, ele se desenvolve rapidamente e se multiplica livremente, muitas vezes com sinais graves.

Da exposição até a apresentação dos sintomas de doença leva em torno de 13 dias. A maioria dos casos de filhotes doentes por coccídia está numa faixa a partir das 2 semanas de vida. Os filhotes podem se infectar não só com as fezes da mãe, mas como de outros animais ou filhotes doentes. Por isso se faz necessário o isolamento de filhotes doentes em gatis, hospitais e abrigos, para que a doença não se espalhe.

O primeiro sinal de coccidiose é a diarréia. Pode ser de leve à severa, dependendo do grau de infecção. Muco e sangue podem estar presentes, especialmente em casos avançados. Outros sinais são: Vômito, inapetência, desidratação e pode ocorrer a morte em alguns casos mais graves.
  
A possibilidade de coccidiose deve ser analisada em casos de fezes moles ou diarreicas em animais jovens.

   O diagnóstico é feito através do exame de fezes.
   O stress tem papel muito importante no desenvolvimento de coccidiose. É muito comum filhotes aparentemente sadios, chegarem ao seu novo lar e apresentar diarreia alguns dias depois, levando a um diagnóstico de coccidiose. Se o filhote está no novo lar a menos de 13 dias, ele se infectou com o protozoário antes de chegar, já que esse é o período de incubação, e o stress causam a manifestação da doença.

A coccidiose é tratada, mas as drogas não matam o coccídio, apenas inibem sua multiplicação. Mas isso dá tempo para que o organismo do gatinho crie suas próprias defesas contra o protozoário. Na prevenção, é importante cuidar do aspecto sanitário, já que a transmissão se dá pelas fezes. O coccídio é muito resistente e não é destruído pelos desinfetantes comuns. É destruído pelo calor, como limpeza com vapor e fervura.
   Baratas e moscas podem transportar o coccídio de um local para o outro, como das fezes para a comida dos animais. Ratos e outros animais também podem se contaminar e infectar o gato quando caçados. Por isso, o controle de insetos e roedores é muito importante no controle sanitário.

   A Coccidiose pode ser eliminada com sulfadimethoxine a 50 mg/Kg no primeiro dia e doses diárias de 25 mg/Kg até os sinais desaparecerem - seguindo sempre as orientações do veterinário!!!
O coccídio que infecta os gatos não afeta os humanos.


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