domingo, 27 de dezembro de 2015

Freya - Deusa Nórdica



          Dia de Festival nos países escandinavos celebrando o casal divino Freyja, deusa do amor, beleza e fertilidade e seu irmão Frey, deus da fertilidade e da agricultura. Homenageava-se também Frigga ou Frigg, a deusa da natureza e do tempo protetora das famílias e das tribos. Invoque os poderes mágicos de Freyja, de Frigg e de suas sacerdotisas sagradas quando precisar reforçar seu magnetismo pessoal ou seus poderes psíquicos. Escolha uma musica adequada, como “ a cavalgada das valquirias “, chame os poderes dos elementos e peça as deusas para abençoarem e imantarem um colar, utilizando as runas para conseguir esclarecimentos ou orientações. Agradeça oferecendo-lhes pão, vinho e uma maçã untada com mel. Nos Pueblos Hopi, festeja-se o retorno para a terra dos kachinas, os espíritos ancestrais e das divindades da natureza.

27 - Dia de nascimento da deusa Freya

Freia é uma das deusas mais antigas na mitologia nórdica e germânica, da qual se preservaram numerosos relatos que a envolvem ou a descrevem, devido ao fato de que as fontes mais bem documentadas desta tradição religiosa foram transmitidas ou alteradas por historiadores cristãos medievais em muitos casos escritas mais de um século e meio mais tarde.
Diz a lenda que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava lágrimas que se transformavam em ouro na terra e âmbar no mar.
Na tradição germânica, Freia e dois outros vanirs (deuses de fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os Aesir (deuses de guerra) como símbolo da amizade criada depois de uma guerra.
Usava o colar de Brisingamen, supostamente feito de ouro, o colar representava o Sol e o ciclo do dia e noite, de acordo com as notas de Saxo Grammaticus o colar estava entre os objetos dados aos deus por Alberich.
Também é considerada uma Deusa da luxúria, da riqueza, da música e das flores e regente da magia e da adivinhação, pois foi ela quem ensinou os segredos das runas a Odin e também iniciou os Deuses nas Artes Mágicas.

sábado, 26 de dezembro de 2015

outono primavera slide show

Lilith


   Celebração de Lilith, a deusa suméria da sexualidade. Mencionada como primeira mulher de Adão, criada ao mesmo tempo que ele, desfrutando os mesmos direitos. Adão queria que ela fosse submissa a ele ficando por baixo dele no ato sexual. Lilith rebelou-se, fugiu escondendo-se às margens do mar vermelho. Foi criada Eva da costela de adão. Não sendo igual a ele, Eva precisava acatar sua supremacia, obedecendo suas regras patriarcais. Lilith foi transformada, segundo as escrituras judaicas em uma figura demoníaca, mãe dos demônios. Atualmente lilith designa na astrologia a lua negra e também o asteróide que influencia a sexualidade humana. Ritual da dança da tartaruga na tradição nativa norte-americana celebrando a deusa do sol e do dia, irmão da deusa da terra e da deusa do milho. Comemoração da deusa nórdica Sunna, senhora solar, noiva brilhante do céu, responsável pela manutenção da vida na terra. Nascimento de Horus, filho da deusa Isis e do deus Osíris. Nascimento de Buda, filho da deusa Maya, na Índia. Festival nas Bahamas honrando todas as divindades com procissões de máscaras e fantasias, musicas e danças. 

   Ela foi uma deusa adorada na Mesopotâmia associada com ventos e tempestades, que se imaginavam ser portadores de enfermidades e morte.
   Lilith aparece como um demônio noturno na crença tradicional judaica e islâmicacomo a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai 81: 455f) ela é acusada de ser a serpente que levou    
   Eva a comer o fruto proibido. Esta afirmação de que Lilith foi a predecessora de Eva, no entanto, surge apenas pela primeira vez no Alfabeto de Ben-Sira composto por volta do Século VII, sendo que nunca antes existido esta conexão a Adão e Eva nem tão pouco à criação.
   Mais recentemente, esta história tem sido cada vez mais adotada sendo até discutida se é ou não contada na Bíblia. Porém, além da passagem referida abaixo, esta não é mais referida. Lilith vem sendo cultuada dentro da alta magia desde então, como a deusa que rege a ponta da pirâmide, Lilith também era adorada primeiramente na antiga Babilônia.

O Deus Hórus

Símbolo: Olho de Hórus
Planeta: Sol


Hórus é um deus muito antigo, já conhecido na época predinástica.

Hórus era um deus solar, filho de Osíris e Ísis, considerado como a manifestação do poder do Sol. Era considerado o “deus dos Céus” e ficou conhecido desde a primeira dinastia como HORAKHTI, que significa “Hórus do Horizonte” ou da "Terra do nascimento do Sol". "Senhor das duas Terras, sob cujas asas está o circuito do céu, o falcão que irradia luz dos seus olhos". Era exatamente com essas palavras que, no tempo dos Ptolomeus, descrevia-se Hórus, o Deus dos espaços aéreos.

Hórus, para os antigos egípcios, é considerado a encarnação de Rá na Terra, a manifestação solar no plano material, o princípio do fogo. Hórus era a “encarnação do dia” , aquele que venceu o deus Seth (representação do mal) heroicamente, na luta entre o bem e o mal, fazendo vencer a luz. Por isso seu nome está associado ao heroísmo.

Também era conhecido como deus do Sol nascente. Todos os dias lutava contra o exército das trevas para assegurar o nascimento do novo dia. Era tido também como protetor dos homens jovens, ensinando-os a serem filhos obedientes, para mais tarde tornarem-se homens justos e de bem, pois de acordo com a lenda, ele arriscou sua vida para vingar a morte de seu pai Osíris. Hórus tornou-se um dos deuses de maior importância da vasta cosmologia egípcia. Passou a ser representado por um falcão, após matar o assassino de seu pai. Com sua vitória sobre Seth, obteve o direito de governar o Egito.

Pessoas de capricórnio


Pelo lado positivo, o capricorniano é ambicioso e disciplinado. É prático, prudente, tem paciência e é até cauteloso quando preciso. Tem um bom senso de humor e é reservado.
Pelo lado negativo, o capricorniano tende a ser pessimista e, ante a situações difíceis, é um pouco fatalista. Às vezes lhe custa ser generoso e fazer favores de forma altruísta.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Beijos de luz...


Senhor Jesus, novamente,
Na tarefa em recomeço,
Vimos pedir-Te outra vez
A bênção do teu apreço...
 
Novo ano, novas lutas –
Iguais as do ano velho! –,
Que somente venceremos
Com a proteção do Evangelho.
 
Portanto, o nosso pedido,
Ante a crenã que nos guia,
É o mesmo que Te fazemos
Toda hora, todo dia.
 
- Não nos deixes caminhar
À distância dos Teus passos,
E nem ir à parte alguma
Sem o apoio dos Teus braços...
 
Não nos concedas, Senhor,
Excessiva liberdade,
Que liberdade demais
Só traz infelicidade...
 
Embora os nossos queixumes,
Não nos permitas descanso,
Nesta tendência que temos
À cadeira-de-balanço...
 
E porque a tentação
É mal que, em nós, não se apouca,
Nós Te pedimos somente
Saúde que seja pouca...
 
Pois, no que tange à saúde,
De quem Contigo trabalha,
A Caridade, no mundo,
Também vive de migalha!...
 
Eurícledes Formiga
Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli,
Fonte: blog "Mensageiros de Luz"

Bênção do Céu


Conta uma lenda antiga que o Senhor
Veio à Terra formada, certo dia...
Com tamanhos recursos a dispor,
O Planeta sentia
Necessidade de instrução e amor.
Espíritos humanos, aos milhares,
Vagueavam sonâmbulos no solo;
E embora sob a luz dos gênios tutelares,
Do campo imenso ao íntimo dos mares
Viviam em distúrbio, pólo a pólo.
Falta a ordem para os elementos,
Mas o Senhor agindo com presteza,
Fez a organização da Natureza,
A envolver toda a Terra na grandeza
Dos seus altos e sábios pensamentos.
Coube ao Sol a missão de sustentar a vida,
Atravessando alturas sem vencê-las;
E, para refazer cada existência em lida,
A noite recebeu a paz indefinida,
Asserenando o mundo ao clarão das estrelas.
Foi entregue o limite às linhas do horizonte,
As árvores florindo em campo aberto
Deram-se à produção de valores em monte;
Depois, encarregou-se a bondade da fonte
De fecundar o chão e amparar o deserto.
A ovelha improvisou os fios do agasalho,
Reclamou-se da abelha o favo suculento,
Inventou-se a bigorna para o malho,
Tudo era disciplina, harmonia e trabalho
Que o Senhor dirigia calmo e atento.
Mas os seres dotados de razão
Espalharam-se em grupos sobre a Terra...
Inteligências sob o orgulho vão,
Separaram-se em muros de ambição
E criaram a dor, a violência e a guerra.
Vendo o ódio crescer, de segundo a segundo,
O Senhor os guiou à experiência nova;
Deu-lhes doce prisão em corpos sobre o mundo,
Para terem, por si, a paz do amor profundo
Pelas tribulações e lágrimas da prova.
Notando-lhes, porém, as blasfêmias e os brados
De sofrimento e desesperação,
Viu que na condição de seres encarnados,
Quase todos espíritos culpados,
Exigiam carinho e proteção.
Quem seria capaz de tamanha bravura?
Doar-se sem pedir? Amparar sem prender?
Quem seria, afinal? Onde a criatura,
Cuja afeição se erguesse, até mesmo à loucura,
Achando a luz no caos, a sorrir e a sofrer?
O Senhor meditou, meditou... Em seguida,
Separou certa jovem dentre os réus,
Revestiu-a do amor sem sombra e sem medida...
A primeira mulher se fez mãe para a vida
E o homem se acalmou ante a bênção do Céu.
      Pelo espírito Maria Dolores

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Litha - Wicca


Litha marca o primeiro dia do verão e se situa entre Erelitha e Afterlitha no calendário germânico antigo e um dos oito sabás neopagães. O termo é usado especialmente no calendário Asatru.
Ocorre no Hemisfério Sul em 21 de Dezembro e 21 de junho no hemisfério norte.
É o momento em que o poder do Sol chega ao seu ápice e as flores, folhagens e a relva encontram-se abundantemente floridos e verdes. Muitos dos círculos de pedra, como o Stonehenge, e dos monumentos pré-celtas estão alinhados com o nascer do Sol.
 É costume dar continuidade a grande fogueira de Beltane, como também pula-la para se livrar dos infortúnios e da negatividade. Tradicionalmente essa fogueira é acesa com gravetos de abeto e carvalho, duas árvores consideradas mágicas pelos neopagães.
 O Solstício do Verão (ou Meio do Verão, Alban Hefin ou Litha), também conhecido como Dia de São João, na Europa, marca do dia mais longo do ano, quando o Sol está no seu zênite. Para os Bruxos e os Pagãos, esse dia sagrado simboliza o poder do sol, que marca um importante ponto decisivo da Grande Roda Solar do Ano, pois, após o Solstício do Verão, os dias se tornam visivelmente mais curtos.

Em certas tradições wiccanas, o Solstício do Verão simboliza o término do reinado do ano crescente do Deus Carvalho, que é, então, substituído pelo seu sucessor, o Deus Azevinho do ano decrescente. (O Deus Azevinho reinará até o Sabbat do Inverno do Natal, o dia mais curto do ano.)
 Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Solstício do Verão são vegetais frescos, frutas do verão, pão de centeio integral, cerveja e hidromel.
Incensos: olíbano, limão, mirra, pinho, rosa e glicínia.
Cores das velas: azul, verde.
Pedras preciosas sagradas: todas as pedras verdes, especialmente a esmeralda e o jade.
Ervas ritualísticas tradicionais: camomila, cinco-folhas, sabugueiro, funcho, cânhamo, espera, lavanda, feto masculino, artemísia, pinho, rosas, erva-de-são-joão, tomilho selvagem, glicínia e verbena.
 O Ritual do Solstício do Verão deve ser seguido de um banquete de alegria e do canto feliz de músicas folclóricas mágicas pagãs e/ou da recitação de poesia inspirada na Deusa. O Solstício do Verão é o momento tradicionalmente propício à colheita de ervas mágicas para encantamentos e poções (especialmente as da magia do amor). é também o tempo ideal para realizar divinações e rituais de cura, e para cortar varetas e bastões de divinação.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Dá vontade, mas falta coragem...


Santa Luzia, intercedeis por nós...


Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa
O nome de Santa Luzia deriva do latim e significa: Portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a “janela da alma”, canal de luz.
Ela nasceu em Siracusa (Itália) no fim do śeculo III. Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, a ponto de ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe, chamada Eutícia, a queria casada com um jovem de distinta família, porém, pagão.
Ao pedir um tempo para o discernimento e tendo a mãe gravemente enferma, Santa Luzia inspiradamente propôs à mãe que fossem em romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda, em Catânia, e que a cura da grave doença seria a confirmação do “não” para o casamento. Milagrosamente, foi o que ocorreu logo com a chegada das romeiras e, assim, Santa Luzia voltou para Siracusa com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimentos pelos quais passaria, assim como Santa Águeda.
Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Não querendo oferecer sacrifício aos falsos deuses nem quebrar o seu santo voto, ela teve que enfrentar as autoridades perseguidoras. Quis o prefeito da cidade, Pascásio, levar à desonra a virgem cristã, mas não houve força humana que a pudesse arrastar. Firme como um monte de granito, várias juntas de bois não foram capazes de a levar (Santa Luzia é muitas vezes representada com os sobreditos bois). As chamas do fogo também se mostravam impotentes diante dela, até que por fim a espada acabou com vida tão preciosa. A decapitação de Santa Luzia se deu no ano de 303.
Conta-se que antes de sua morte teriam arrancado os seus olhos, fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus – Luz do Mundo – até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos acusadores:“Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade”.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Para Momentos de Tristeza:




Meu Deus, me ajude, porque este momento está sendo muito difícil, muito penoso, e eu estou sofrendo muito.
Traga-me a Sua bondade, Sua alegria, Sua beleza e Sua paz para aliviar minha dor.
Mostre-me que não adianta recriminar-me pelo passado nem ter medo do futuro.
Sempre que eu começar a me julgar por ter come­tido erros ou por comportamentos que causaram grande dor na minha vida, por favor, faça-me parar!
Sempre que eu estiver me convencendo de que não sou boa nem inteligente, ou de que não sou capaz de progredir, por favor, faça com que eu mude de ideia!
Sempre que eu começar a achar que os outros não gostam de mim nem me valorizam, ajude-me a livrar-me dessa crença e faça com que eu me ame e me valorize.
Não me deixe esquecer que tudo de que preciso está dentro de mim.
Ajude-me a parar de correr e me esconder.
Ajude-me a usar o passado como um aprendiza­do para o meu crescimento.
Ajude-me a usufruir do que cada dia me oferece em vez de temer o futuro.
Ajude-me a me afastar de tudo o que me arrasta para baixo e me puxa para trás.
Ajude-me a lançar mão dos meus recursos e a assumir as rédeas da minha vida.
Ajude-me a saber que serei capaz de superar os obstáculos e desafios que possam estar bloqueando o meu caminho.
Faça-me sentir a paz da Sua presença e o poder do Seu amor agora.
Ajude-me a mergulhar nessa paz, a relaxar e a me desapegar!
Ajude-me a viver este momento, sabendo que ele vai passar, porque a Sua presença em mim sempre me impulsiona para a frente.
Senhor, preciso de Você agora!
Sei que cada palavra minha foi acolhida amorosa­mente em Seu coração.
Por isso, agradeço.
E assim seja!

Fonte: Posso Conseguir o que desejo - Orações para cada momento da vida - Iyanla Vanzant

Verônica Sabino - Demais (Yes It Is)

DEZEMBRO


O FIM DE TUDO,
OU UM NOVO COMEÇO?
Então vi descer do céu um anjo, com a chave de um abismo e uma grande corrente nas mãos. Ele agarrou o dragão, a serpente antiga, que é o Diabo ou Satanás, e o acorrentou por mil anos; jogou-o no abismo, que fechou e lacrou por cima, a fim de que não pudesse mais seduzir as nações até se passarem mil anos. Depois disso ele deve ser solto por algum tempo. — Apocalipse 20:1-3
NÃO HAVIA COLUNISTAS DE FOFOCAS NO ANO 1000. Mas se Vanity Fair existisse, com toda certeza teria arrumado espaço para os escritos de Ralph Glaber. Era um monge borgonhês que escreveu em cinco volumes uma história do seu tempo, nossa principal fonte de informações sobre a maneira como as pessoas se sentiam no ano 1000 sobre a mudança no calendário, de um milênio para o seguinte. A vida continuaria, mas de alguma forma menos agradável, refletindo a libertação de Satanás, como São João descrevera? Ralph Glaber escreveu sua história com essas indagações na mente. Ele ingressou em seu primeiro mosteiro em 997. Com apenas uma dúzia de anos, parece que tinha um comportamento perturbador, que o distinguia de seus companheiros. Na aproximação do ano 1000, Glaber recolheu relatos sobre um cometa assustador que cruzara o céu:
Apareceu no mês de setembro, não muito depois do anoitecer, e permaneceu visível por quase três meses.
Brilhava com tanta intensidade que sua luz parecia
iluminar a maior parte do céu. Desaparecia quando o galo cantava. Mas se é uma nova estrela que Deus lança no céu,
ou se Ele apenas aumenta o brilho normal de outra estrela, só Ele pode decidir. (...) O que parece determinado com o maior grau de certeza é que esse fenômeno no céu nunca aparece sem que os homens o considerem o sinal de algum acontecimento misterioso e terrível. E, de fato, um incêndio logo consumiu a igreja de São Miguel o Arcanjo, construída num promontório no oceano (Mont-Saint - Michel, ao largo da costa da Bretanha), que sempre foi o alvo de uma veneração especial no mundo inteiro.



Além da descrição do espetacular cometa de 989 — conhecido hoje como cometa de Halley — Glaber descreveu outros augúrios:
No sétimo ano do milênio... quase todas as cidades da Itália e Gália foram devastadas por violentos incêndios. A própria Roma foi em grande parte destruída pelo fogo. (...) Como uma só, (as pessoas) soltaram um terrível grito e correram para se confessar ao Príncipe dos Apóstolos.
 "Tudo isso combina com a profecia de São João, que disse que o demônio ficaria livre depois de mil anos", escreveu o monge.  Glaber conhecera o Demônio, que apareceu várias vezes ao pé de sua cama. Como o monge recordou de suas visões, o Príncipe das Trevas era uma figura peluda, preta, encurvada, nariz achatado, barbicha, lábios grossos.
Sussurrou pensamentos sediciosos, numa  tentativa de subverter o santo homem: "Por que vocês monges perdem tempo com vigílias, jejuns e mortificações?", arrulhou Lúcifer numa visita. "Um dia, uma hora de arrependimento, é tudo o que se precisa para alcançar a bem-aventurança eterna. (...) Então por que se dar ao trabalho de levantar ao som do sino, quando pode continuar a dormir?"
            Alguns historiadores têm citado esse típico episódio de Dr. Fausto para desacreditar a confiabilidade do testemunho de Glaber.  Glaber descreveu um mundo que prendera a respiração, esperando o pior... e o pior não acontecera. Enquanto viajava pelos campos, entre as grandes casas monásticas da Borgonha, o monge teve a oportunidade de observar diretamente a explosão de construções eclesiásticas de pedra que caracterizou o início do século XI. Aconteceu por todo o norte da Cristandade.  Em termos estritos, o reino de Deus na Terra não começou até a morte e ressurreição do Salvador, que ocorreu, segundo o Novo Testamento, quando Jesus tinha trinta e três anos. Portanto, 1033 não podia ser o ano em que as terríveis predições do Livro do Apocalipse se consumariam?
Depois de muitos prodígios que irromperam no mundo antes, depois e em torno do milênio do Senhor Cristo [escreveu Glaber], houve muitos homens capazes, de intelecto profundo, que previram outros, igualmente grandes, à aproximação do milênio da Paixão do Senhor, e esses acontecimentos assombrosos logo se manifestaram. O relato de Glaber é confirmado por outras fontes. Por várias décadas, no meio do século XI, imensas multidões reuniam-se nos campos abertos da França para venerar relíquias e prestar juramentos de paz. O movimento tornou-se conhecido como "Paz de Deus". Historiadores econômicos têm explicado o fenômeno em termos do desejo da igreja de proteger suas propriedades numa época de pequenas guerras. A pregação populista incitava os sentimentos contra os nobres à margem da lei. Foi em 1014, quando a guerra entre Ethelred e os invasores dinamarqueses era mais encarniçada, que o maior pregador da Inglaterra compôs seu famoso Sermão do Lobo Para o Inglês:
Caros amigos. (...) Este mundo tem pressa e se aproxima
cada vez mais do seu fim. Sempre acontece que quando
mais dura, pior se torna. E assim deve ser, porque o advento
do Anticristo se torna ainda mais terrível por causa dos pecados das pessoas. Com isso, será brutal e se espalhará terrível pelo mundo inteiro.



            Mesmo na tradução, sua prosa ainda conserva o ritmo compulsivo de Jesse Jackson ou Martin Luther King:
            O demônio enganou este povo demais. Há pouca fé entre os homens, embora eles falem palavras justas. Crimes demais foram praticados sem qualquer controle nesta terra. (...)As casas de Deus estão privadas de seus ritos antigos, despojadas de tudo o que é apropriado. As ordens religiosas há muito tempo que são desprezadas. As viúvas são obrigadas a casar de uma maneira indigna. Muitas pessoas estão reduzidas à miséria.
            Os pobres são enganados de uma maneira infame, iludidos com intensa crueldade, em sua profunda inocência, vendidos para a posse de estrangeiros em terras distantes.
            Com uma cruel injustiça, crianças pequenas são escravizadas por pequenos furtos nesta nação. Os direitos dos homens livres foram suprimidos e os direitos dos escravos, restritos, os direitos de caridade, negligenciados. Para resumir, as leis de Deus são odiadas e seus mandamentos, desprezados.
            As pessoas prendiam a respiração na Inglaterra, como Glaber descreveu que ocorria na França. Datas não eram uma preocupação de Wulfstan, mas sim os sofrimentos da Inglaterra. O arcebispo não tinha a menor dúvida de que os vikings, em seus navios de dragão, agiam como instrumentos do Anticristo:
"Nós lhes pagamos sempre, mas eles nos humilham todos os dias. Devastam e incendeiam, saqueiam e roubam, levam os despojos para sua frota. E pronto! Que outra coisa é clara e evidente em todos esses acontecimentos, se não a ira de Deus?" Foram todos escritos na suposição calma e inequívoca de que o mundo continuaria exatamente como sempre fora. Não há um único testamento ou qualquer outro documento anglo-saxão que faça qualquer referência a um iminente apocalipse.
            Só os letrados se encontravam em posição de se preocuparem com o que aconteceria quando o ano DCCCCLXXXXVIIIJ* se tornasse um simples M. Teriam alguma dificuldade para concordar sobre o dia e a hora específicos em que o momento deveria ser marcado: 25 de dezembro? 1o de janeiro? Dia da Anunciação (25 de março)? O mundo mudava; e embora seja da natureza do mundo mudar, o final do primeiro milênio proporcionou a algumas pessoas o estímulo para considerar esse fato com uma seriedade extra, ponderando sobre o assombro e desespero contidos no chavão eterno.
            Em Roma, o inquietante novo milênio foi introduzido por um novo e preocupado Papa. Uma leitura precisa do Livro do Apocalipse não prevê que o mundo terminará com a conclusão de mil anos. Em vez disso, profetiza que o Demônio será solto para cometer suas maldades. A medida que as pessoas olhavam ao redor, em busca de indicações de onde ou quem o Anticristo podia ser, fixaram-se no Papado e em seu novo e controvertido ocupante, Gerbert de Aurillac, que assumira o título de Papa Silvestre I. Construiu um planetário, cheio de esferas de madeira, a fim de determinar os movimentos dos corpos celestes. Escreveu um tratado sobre o astrolábio. Se alguém personificou o espírito ansioso de uma nova era foi esse homem inteligente e controvertido, que fez tantos inimigos quanto Ralph Glaber, mas se elevou de uma maneira significativa a alturas muito maiores.
            O uso dos numerais romanos tinha um efeito paralisante sobre os cálculos. Era bastante difícil somar MCXIV e CXCIX, mas multiplicar um conjunto de letras por outro era virtualmente impossível. O estudioso Alcuíno disse que 9.000 devia ser considerado o limite máximo, além do qual não era mais possível calcular. Quando isso era escrito como MMMMMMMMM, pode-se compreender o que ele dizia. O ábaco foi uma das novas e desconcertantes dimensões para o pensamento matemático e geral, que também incluíram o zero e o infinito. O florescimento de todas essas novas idéias estava no futuro... e não chegaram à Inglaterra antes de 1066.



            Mas graças a Gerbert de Aurillac, o Bill Gates do primeiro milênio, chegaram na Cristandade quase que exatamente com o ano 1000. Depois de sua chegada, a vida nunca mais seria a mesma.
E há também uma necessidade de que cada um deva compreender de onde veio e o que é... e o que vai se tornar. — Wulfstan, Arcebispo de York de 1002 a 1023
            Por motivos grandiosos, banais ou apenas coincidentes, a cultura que se desenvolvia no enevoado canto noroeste da Europa espalhou seus valores por todo o mundo moderno... e os desenhos e versos latinos do Calendário de Trabalho de Julius fornece algumas indicações sobre como e por que isso aconteceu.
            O Calendário é dedicado ao trabalho e oração. Sua mensagem é a de que se deve trabalhar sem questionar, da mesma maneira como se cultua Deus. Já nesses desenhos há insinuações do que aconteceria no Ocidente industrial. O lavrador de janeiro conduz seus bois alimentados em baias como se fossem máquinas. São animais, mas ele os usa como enormes motores que podiam realizar muito mais trabalho em menos tempo do que seria possível apenas com o trabalho humano, sem qualquer ajuda. Um fato menos atraente, os ingleses estavam prestes a iniciarem uma longa fase de sua história em que não teriam muito respeito pelos direitos dos outros. Dentro de cem anos, lançariam o seu programa de expansão global, que começou com as Cruzadas, a oportunidade aproveitada com a maior exultação pela Cristandade para devolver aos infiéis um sólido gosto da agressão que a Europa já sofrera. Intitulado The Fortunes of Men  (literalmente As Fortunas dos Homens), o poema era uma meditação sobre o destino — wyrd em englisc, "o que será" —, pois depois de descrever a inocente alegria de mãe e pai criando seus filhos o autor anônimo passava a examinar os diferentes destinos que uma criança do primeiro milênio poderia encontrar no curso de sua vida:
A fome vai devorar um, a tempestade afogar outro,
Um será abatido pela lança, outro retalhado em batalha...



            O poeta deixou a grande pergunta para os leitores: para que lado sua vida irá... para a felicidade ou para alguma tragédia? E wyrd, a resposta no ano 1000, era um desafio tão imponderável quanto o "What Will Be", o que será, nos dias de hoje. Só Deus podia dizer... ou o Destino. O que C. S. Lewis chamou de "esnobismo da cronologia" nos encoraja a presumir que, só porque vivemos por acaso depois dos nossos ancestrais e podemos ler livros que nos oferecem algum relato do que lhes aconteceu, devemos também saber mais do que eles. Ao olharmos para trás, no esforço de descobrir como as pessoas lidavam com as dificuldades cotidianas da existência, podemos também considerar se, com toda a nossa sofisticação, seríamos capazes de enfrentar os desafios do mundo deles com a mesma coragem, bom humor e filosofia. O Calendário de Trabalho de Julius pode ser estudado na Biblioteca Britânica em Londres, de acordo com as regras e condições de acesso à Sala de Manuscrito. Está catalogado como Cotton MS Julius A.VI.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Para me livrar da dor, adotei uma gatinha...



“Ele é capaz de lhe receber sempre com afagos, roubar um sorriso, oferecer amor incondicional, afugentar seus piores inimigos, tais como as temidas baratas e ratos, e ainda ler seu pensamento. Sim, estamos falando dos animais.”

Os bichos vão para o céu?




   Tenho um amigo pastor de uma comunidade protestante. Por favor, não confunda "protestante" com "evangélico"... Contou-me de uma velhinha solitária que tinha como seu único amigo um cãozinho. Ela o procurou aflita. Havia lido no livro Apocalipse, cap. 22, vers. 15, que não entrarão no céu "os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras...". Que os impuros, assassinos, idólatras não entrem no céu está certo. "Mas, reverendo", disse ela, "o meu cãozinho... A Bíblia está dizendo que o meu cãozinho não vai entrar no  Céu... Mas eu amo meu cãozinho e meu cãozinho me ama. O que será de mim sem ele?" Aí eu pergunto aos senhores, teólogos, estudiosos dos mistérios divinos; há, no céu, um lugar para os cãezinhos? Sei qual será a resposta: "No céu não há lugar para os cãezinhos porque os cãezinhos não têm alma. Somente os humanos a têm". Acho que, teologicamente, segundo a tradição, os senhores estão certos. Nas inúmeras telas que os artistas pintaram da bem-aventurança celestial, por mais que procurasse, nunca encontrei animal algum. Aves, às quais são Francisco pregou (por que pregar-lhes, se elas não têm alma?), peixes, símbolos de Jesus Cristo, vacas, jumentos e ovelhas, que adoraram o Menino Jesus no presépio, todos eles serão reduzidos a nada. Não ressuscitarão no último dia. O céu será um mundo de almas desencarnadas. Não haverá beijos nem abraços. Falta às almas a materialidade necessária para beijos e abraços. Os senhores já observaram que no Credo Apostólico a “alma” não é sequer mencionada? Lá se fala em “ressurreição da carne”. É a carne que está destinada à eternidade. A carne é o mais alto desejo de Deus. Tanto assim que Ele se tornou carne, encarnou-se. A esperança é a volta ao Paraíso, onde havia bichos de todos os tipos. Se Deus os criou é porque Deus os desejava e deseja. Um céu vazio de animais é um céu de um Deus que fracassou. Ao final, Ele não consegue trazer de novo à vida aquilo que criou no princípio. Não. Herege que sou, direi à velhinha: “Fique tranquila. O seu cãozinho estará eternamente ao seu lado... Não só o seu cãozinho como também gatos, girafas, macacos, peixes, tucanos, patos e gansos... Deus gosta de bichos. Os bichos o louvam melhor que os humanos. Se Ele gosta de bichos eles serão ressuscitados no último dia...”.
(Rubem Alves - Ostra Feliz não faz Pérola)