domingo, 31 de março de 2013

A Você, minha querida ilusão




O AMOR que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar AMOR
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar AMOR
Poderia se chamar NUVEM
Porque muda de formato a cada instante
Poderia se chamar TEMPO
Porque parece um filme a que nunca assisti antes
Poderia se chamar LA-BI-RIN-TO
Porque sei que não conseguirei escapulir
Poderia se chamar A U R O R A
Pois vejo um novo dia que está por vir
Poderia se chamar ABISMO
Pois é certo que ele não tem fim
Poderia se chamar HORIZONTE
Porque parece linha reta, mas sei que não é assim
O AMOR que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar AMOR
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar AMOR
Poderia se chamar PRIMEIRO BEIJO
Porque não lembro mais do meu passado
Poderia se chamar ÚLTIMO ADEUS
Que meu antigo futuro foi abandonado
Poderia se chamar UNIVERSO
Porque sei que não o conhecerei por inteiro
Poderia se chamar PALAVRA LOUCA
Que na verdade quer dizer: aventureiro
Poderia se chamar SILÊNCIO
Porque minha dor é calada e meu desejo é mudo
E poderia simplesmente não se chamar
Para não significar nada e dar sentido a tudo
O AMOR que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar AMOR
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar AMOR


Não temas!





Crê somente...

Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter conseguido se agarrar a parte dos destroços para poder ficar boiando. Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada fora de qualquer rota de navegação.
Ele agradeceu novamente.
Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, de animais e, também para guardar seus poucos pertences.
E como sempre agradeceu!
Nos dias seguintes, a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia.
No entanto, um dia quando voltava da busca por alimentos, ele encontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça. Terrivelmente desesperado, ele se revoltou, gritava chorando "o pior aconteceu! Perdi tudo! Deus por que fizeste isso comigo?"
Chorou tanto, que adormeceu, cansado.
No dia seguinte, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava.
- "Viemos resgatá-lo", disseram.
- "Como souberam que eu estava aqui?", perguntou.
- "Nós vimos o seu sinal de fumaça!"
é comum sentirmo-nos desencorajados e até mesmo desesperados, quando as coisas vão mal.
Mas, Deus age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e sofrimento.
Lembre-se:
Se algum dia o seu único abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal de fumaça que fará chegar até você a Graça Divina.
Não temas, crê somente. Vinte a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.  Mateus 11:28.

linda homenagem a um amigo...


sábado, 23 de março de 2013

Namorado: Ter ou não ter, é uma questão (Carlos Drummond de Andrade)



Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si


mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado
de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva,
lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.


Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil.


Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer
proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase
desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda,
decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de
aflição.


Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o
gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um
envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.


Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas,
medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem
namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar
sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz
pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.


Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho
escondido na hora que passa o filme; de flor catada no muro e entregue
de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico
Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a
meia rasgada; de ânsia de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô,
bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.


Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta
abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar
do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro
dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não
tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai
com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton
Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical na Metro.


Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica
livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu
bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem
curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o
gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou
meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem
ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de
obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem
namorado quem confunde solidão com ficar sozinho. Não tem namorado quem
não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.


Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você
vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve,
aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.


Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções
de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de
si mesmo e descubra o próprio jardim.


Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua
janela.


Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de
fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu
descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.


Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho
necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
Enlou-cresça. 

Para um amigo...





Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!

domingo, 17 de março de 2013

Amor aos Romances: AS PALVRAS QUE NUNCA TE DIREI

Amor aos Romances: AS PALVRAS QUE NUNCA TE DIREI: As Palavras Que Nunca Te Direi - Nicholas Sparks Poderá vê-lo também no cinema com as interpretações de Kevin Costner, Paul Newman e Ro...

Quero um príncipe...




CADÊ A TAMPA DA MINHA PANELA, O CHINELO DO MEU PÉ CANSADO, A METADE DA MINHA LARANJA?

"(...) E chega! Há anos peço o príncipe e só me mandam o cavalo.
(...)Dizem que materializar os sonhos escrevendo, ajuda, então lá vai: quero transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quero cineminha com encosto de ombro cheiroso, casar de branco, ser carregada no colo, filhos, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro e caseiro bacana. Quero ouvir Chet Baker numa noite chuvosa e ter de um lado um livrinho na cabeceira da cama e do outro o homem que amo.
(...)Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes faz parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte  do amor. Quero ser lembrada em horários malucos, todos os horários, pra sempre. Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura.
(...)E quando eu tiver tudo isso e uma menina boba e invejosa me olhar e pensar que "aquela instituição feliz não passa de uma união solitária de aparências" vou ter pena desse coração solitário que ainda não encontrou o verdadeiro amor."


A incontentável INVEJA amarela



"A inveja é uma abstração personificada.
Vive em uma caverna envolta em uma densa névoa negra
a devorar carne de cobra:
seus olhos são tortos, seus dentes imundos de terra;
uma bílis verde e venenosa goteja-lhe da língua.
Jamais sorri, senão diante do infortúnio dos outros;
jamais dorme, presa de várias preocupações;
desagrada-a o sucesso dos homens e, ao vê-lo definha;
remorde e é remoída, e é ela própria o seu castigo.
"
(Ovídio)



domingo, 10 de março de 2013

Feliz semana nova...



As certezas da vida exterior não dependem de nós. Estão sujeitas a interferências de mudanças insuspeitáveis. A certeza de que podemos ir conquistando, paulatinamente, são as nossas certezas interiores. Através do entendimento dos nossos sentimentos, vamos desenvolvendo a autoconfiança e, com isso, a auto-estima também se desenvolve.

A auto-estima está ligada à nossa atitude existencial. Se eu acredito que o outro é mais do que eu, mais bonito, mais inteligente, mais poderoso, é porque eu me coloco numa posição de ser menos. Se eu, em detrimento da minha vontade e opinião, me subjugo, dando prioridade aos desejos de outrem, torno-me fragilizada. A fraqueza do ego está, justamente, na fragmentação. Ou seja, na não-coesão consigo mesmo. Quanto mais eu me divido e disperso minha energia para agradar a outros, mais eu me torno vulnerável a dúvidas e indecisões. Sinto-me fraca e impotente diante das situações. Nunca sei qual é a melhor maneira de fazer tal ou qual coisa. Querendo agradar a todos, desagrado a mim mesma. Certamente não podemos agradar a todos ao mesmo tempo. E, se não tenho uma relação de cumplicidade comigo mesma, se não estou de mãos dadas com a minha consciência, me afasto de mim.

Olhar para dentro de si e reconhecer a pessoa que se é. Olhar para o mundo e perceber a complexidade da simplicidade da existência. Isto faz com que sintamos a grandiosidade e o respeito por tudo que existe. E nós fazemos parte desse universo. Aquele que se deprime e se acha menos, está esquecendo de sua verdadeira identidade. Está se afastando de seu mais rico patrimônio: o Ser.

Desenvolver a confiança, buscando olhar para a essência das coisas e das pessoas. Ter a certeza de que o mundo é fruto da energia que colocamos nele. Os estudos do pesquisador japonês Masaru Emoto sobre a receptividade das moléculas de água mostram essa relação. Masaru demonstrou que o arranjo da estrutura molecular da água apresentava mudanças expressivas quando em ambiente de energias vibracionais humanas como pensamentos, palavras, orações e música.

Vibrar positivo, vibrar colorido, vibrar com amor e alegria, certamente vão tornar nossa alma senhora de si!


"Não deixe que seus medos tornem-se obstáculos no caminho de seus sonhos..."

Waldonys




   Depois do meu marido, eu só amo esse homem!!!

Viva!!


Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.

domingo, 3 de março de 2013


FÁBULA DA CONVIVÊNCIA



Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem ao clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhe forneciam mais calor, calor vital, questão de vida ou morte.
E afastaram-se feridos, magoados, sofridos...
Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes.
Doía muito...
Mas essa não foi a melhor solução: afastados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para conviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.
Assim aconchegaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.
Os homens têm tentado aprender a conviver entre si, como os porcos-espinhos. Mas no final do segundo milênio é tempo dos homens aprenderem com os pandas e/ou com os pássaros que se abraçam prazerosamente por inteiro, sem se ferirem, apesar de suas garras e bicos. Esse é o aprendizado do AMOR.
(autor desconhecido)