sábado, 1 de outubro de 2011

“As coisas mais importantes são as mais difíceis de expressar.
São coisas das quais você se envergonha, pois as palavras as diminuem,
palavras reduzem as coisas que pareciam ilimitáveis quando estavam dentro de você.
É mera dimensão normal quando são reveladas (…).
(…) E você pode fazer revelações que lhe são muito difíceis e as pessoas o olharem de maneira esquisita, sem entender nada do que você disse nem por que eram tão importantes que você quase chorou enquanto estava falando.
Isso é pior, eu acho.
Quando o segredo fica trancado lá dentro, não por falta de um narrador, mas de alguém que compreenda (…).
(…) Mesmo se tivesse sabido o que dizer, provavelmente não teria podido dizer.
As palavras destroem as funções de amor, eu acho (…).
Se você diz a uma corsa que não vai lhe fazer mal, ela vai embora abanando o rabo.
A palavra é o mal.
O amor não é o que esses poetas idiotas como Mckuen querem que você pense que é.
O amor tem dentes; morde; as feridas nunca cicatrizam.
Nenhuma palavra, nenhuma combinação de palavras pode fechar essas mordidas de amor.
É o inverso, isso que é engraçado.
Se essas feridas secam, as palavras morrem com elas.”
Stephen King

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