domingo, 20 de fevereiro de 2011

Contos do Alquimista

Pressentindo que seu País em breve iria cair numa guerra civil,
o sultão chaou um dos melhores videntes e perguntou-lhe quanto tempo ainda lhe restava para viver.
- Meu adorado Mestre, o senhor viverá o bastante para ver todos os seus filhos mortos.
   Num acesso de fúria, o sultão mandou imediatamente enforcar aquele que proferira palavras tão aterradoras.
Desesperado, chamou o segundo vidente.
- Quanto tempo viverei?
- Senhor, Deus lhe concedeu uma vida tão longa que ultrapassará a geração dos seus filhos e chegará a geração dos seus netos.
O sultão mandou recompensá-lo com ouro e prata. Ao sair do palácio, um conselheiro comentou com o vidente:
- Você disse a mesma coisa que o outro adivinho. Entretanto, ele foi executado e você recebeu recompensas.
- Porque o segredo não está no que você diz, mas na maneira como diz.
Sempre que precisar disparar a flecha da verdade, não esqueça de antes molhar sua ponta num vaso de mel.

Mais uma historinha...

Era uma vez...
Um garoto que nasceu com uma doença sem cura. Tinha 17 anos e morreria a qualquer momento. Sempre viveu sob os cuidados constantes de sua mãe.
Um dia saiu sozinho com a permissão dela para caminhar pela quadra olhando as vitrines e as pessoas.
Ao passar por uma loja de discos viu uma garota que parecia ser feita de ternura e beleza. Abriu a porta e entrou. Chegou, timidamente, ao balcão onde ela estava. Com um sorriso, ela perguntou se poderia ajudar. era o sorriso mais lindo que ele já vira. A emoção foi tão forte que ele mal conseguia dizer que queria um CD. Pegou o primeiro sem nem olhar de quem era e disse: "Esse." "Quer que embrulhe para presente?" Ela perguntou. Ele só mexeu a cabeça, dizendo que sim. Ela saiu do balcão e voltou com o CD embalado. Ele pegou o pacote e saiu com a vontade de ficar.
   daquele dia em diante, ele voltava à loja e comprava um CD qualquer. Ela fazia um embrulho cada vez mais bem feito, que ele guardava sem nem abrir.
Por mais que ela o recebesse com um sorriso doce, ele não tinha coragem de convidá-la para conversar. Comentou isso com sua mãe e ela o incentivou.
Um dia ele criou coragem e foi para a loja. Comprou outro CD e quando ela foi embrulhá-lo, ee enrolou um papel com seu nome e telefone e deixou sobre o balcão. No dia seguinte, o telefone tocou e a mãe dele atendeu. Era a garota. A mãe, desconsolada, começou a chorar e disse: "Então, você não sabia? Faleceu essa manhã."
Depois a mãe entrou no quarto do filho e ficou surpresa com tantos CDs, todos embrulhados. Curiosa, decidiu abrir um. Ao fazê-lo, viu cair um pedaço de papel escrito: 'Você é muito simpático, adoraria sair com você." Emocionada, abriu outros cDs, e todos traziam uma mensagem de carinho e a esperança de conhecer melhor aquele rapaz.
Assim é a vida. Não espere demais para dizer aquilo que sente. Não deixe para depois, quem sabe não dará mais tempo.
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Lembrar-me

O valor e o mérito que vc se dá irão determinar as pessoas que irá atrair.
Lembre-se: todas as experiências da vida são temporárias.
Estabeleça suas próprias prioridades.
Devemos estar dispostos a ir devagar e a devolver para o mar alguns tubarões que ficaram
presos no nosso anzol.
Se tomarmos uma decisão e não seguirmos adiante, o que decidimos fazer não será feito.
Se não nos respeitarmos, os outros também não irão nos respeitar.
Se em algum momento, vc deixar de utilizar amor, não será capaz de ir em frente.
À medida que nossa vida começa a mudar de rumo,
trazemos um raio de esperança para os que estão nos observando.
Existem situações nas quais só se precisa de disposição.

Para reflexão:

Havia um menino que tinha um temperamento difícil.
Seu pai deu-lhe um saco de pregos e disse-lhe que, cada vez
que perdesse a paciência,
pregasse um prego na cerca dos fundos da casa.
No primeiro dia, o menino pregou 37.
E foi diminuindo. Descobriu que era mais fácil conter
seu temperamento do que bater pregos.
Finalmente, chegou o dia em que ele não perdeu mais
a paciência.
O pai sugeriu que o menino tirasse um prego da cerca para cada dia que ele conseguisse
conter seu temperamento.
Até que um dia, finalmente, o menino pôde dizer
ao pai, que não havia mais pregos na cerca.
O pai pegou-o pela mão,
levou- até a cerca, dizendo:
"Você fez bem, meu filho, mas veja os buracos na cerca.
A cerca nunca mais será a mesma. Quando você fala coisas com ódio,
elas deixam uma cicatriz como estas.
Você pode enfiar uma faca em um homem e tirá-la.
Não importa quantas vezes você diga que sente muito,
 a ferida continuará. Uma ferida verbal é tão ruim quando à física.
Amigos são jóias raras."
"Querer vencer significa já ter
percorrido metade do caminho."

um sorriso para uma vida inteira!

   Minha mãe me deu um presente quando eu era criança.
   Na época, tinha apenas 6 anos. Ela falou pra mim e meu irmão que passaríamos o dia na praia. Fiquei animada.
   A praia estava cheia.
   Avançamos para mais próximo da águae ali estendemos a manta. "Não chega a ser uma maravilha, mas tudo bem." Avaliou minha mãe.
   Logo passou passou um vendedor de sorvete.
   "Sorvete, pensei, aqui na praia!" Com minha mãe, era sempre melhor saber o preço antes de pedir. Corri atrás dele, desviando-me das pessoas e chutando a areia.
   - Quanto é, moço?
   - Para você, são só 30 centavos!
   Minha mãe nunca daria 3o centavos por um sorvete.
   Quando ergui os olhos, não vi nem sinal de minha mãe. Cada pessoa, cada manta ali eram diferentes. Eu procurava nas brechas entre elas. Mas não via meu irmão, nem minha mãe.
   Onde estavam? Eu poderia falar com um estranho, algo que ela tinha nos advertido para jamais fazer?
   Corri de uma manta a outra, as lágrimas pingando do rosto e os pés ardendo.
   De repente, vi-me numa escada, determinado a ficar ali. Alerta como sentinela. A idéia de nunca mais ver minha mãe, fazia meu peito arfar. Chorando, pensei: Mamãe, vou ser boazinha, se você vier me buscar."
   Então, vi, segurando a mão do Sam, com o rosto transtornado. "Mãe!" Berrei.
   Sua fisionomia dura e rígida, desapareceu. Ela me viu quando corri, e em seu rosto abriu-se um sorriso que jamais esqueci - um sorriso de pura alegria que lhe envolvia todo o corpo. "Até que enfim encontrei você", parecia dizer. Fiquei comovida por aquele sorriso materno, como ainda fico, passados tantos anos.
   Depois daquele dia, porém, houve cada vez menos motivos para ela sorrir. E eu estive entre os mais pesados fardos que ela carregou.
   Minha mãe nos criou da melhor maneira que pôde, fazendo biscates.
   Eu procurava a figura paterna e a encontrei na rua. Eu queria que me aceitassem.
   Um dia, entrei com um sujeito num carro roubado. Depois, num porão, dei uma longa e vertiginosa tragada num cigarro de maconha.
   Quando tinha 14 anos, um professor sentou-se na minha frente e à minha mãe à mesa da cozinha. "Ela não vai às aulas há mais de dois meses." Revelou.
   Um dia, pouco tempo depois, estava sentada na varanda com minha mãe quando dois policiais entraram no prédio vizinho e saíram com um garoto. Preso por roubo. A mãe logo atrás, de cabeça baixa.
   Minha mãe parecia à beira das lágrimas. depois, suspirou e disse, como se falasse para si mesma: "Deus pode ser cruel com as mães, atormetando-as com as idas e vindas dos filhos."
   Acabamos indo parar na vara de família por causa da minha vadiagem. Aos 15 anos larguei a escola. Várias vezes me embebedava e deixara o apartamento uma bagunça. Muitas vezes meu comportamento gerou angústias. Entretanto, ela sempre me amparava.
   Um dia, envolvi-me em uma briga. Dez de nós fomos presos. Minha mãe convenceu um advogado a aceitar minha causa sem remuneração. Ele disse ao Juiz que eu queria ser militar, e o juiz suspendeu as acusações.
   Entrei num mundo de responsabilidades. durante os três anos que presentei serviço militar, entendi que fora uma fonte de tristezas para minha mãe. Lembrava que toda semana apanhava na Biblioteca uma pilha de livros e lia para nós. Seus sentimentos eram simples na forma, porém, complexos e abrangentes na reflexão. "Lembre-se, falava, todos vão ter uma impressão melhor sobre você se estiver vestindo uma camisa limpa."
  Os anos passaram.
   Um dia, seria realizado o concurso para o Corpo de Bombeiros. Me inscrevi.
   - Boa sorte - Ela disse. Sempre dizia quando eu saía. Dessa vez, acrescentou: - E preste atenção.
   Prestei e, não muito tempo depois, estava prestando juramento dos Bombeiros. Minha mãe estava a algumas fileiras atrás. de vez em quando, me virava para dar uma piscadela. Cada um de nós, foi ao palco receber a insígnia.
   Quando voltei para o meu lugar, levantei o distintivo para ela ver. E aconteceu novamente - o maravilhoso sorriso de alegria. De novo o sorriso resplandescente de alívio envolveu seu corpo e, dessa vez, dizia:
"Até que enfim, você se encontrou."
   Por um instante parecia que ela jamais tivera decepções na vida.
   Houve outros dias de felicidade, mas não tornei a ver aquele sorriso, e acho que sei porquê.
   Sentada na platéia no dia que ingressei no Corpo de Bombeiros, ela percebeu que eu estava caminhando com equilíbrio. era o sorriso de uma vida, um sorriso que dizia: "Minha missão está cumprida."
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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

sensibilidade

Há alguns anos atrás nas Olímpiadas de Seattle, 9 participantes, todos com deficiência mental
ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.
Ao sinal, todos partiram... não, exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si,
terminar a corrida e ganhar.
Todos, menos um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar.
Os 8 ouviram o choro. Diminuíram o passo e viraram e voltaram.
Todos.
Uma das meninas, com síndrome de down, ajoelhou e disse: "Pronto, agora vai sarar." E os nove competidores deram os braços e andram juntos até a linha de chegada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas
continuam repetindo essa história até hoje. Lá no fundo, todos nós sabemos que o
que importa nessa vida é mais do que ganhar sozinho.
O que importa nessa vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo
e mudar de curso.